Digamos que o jogo do Fluminense ontem não começou da melhor forma. O seu adversário de mesa, o Boavista, jogava com mais cautela que o dono da casa. O Maracanã que recebia um bom público mostrava uma incômoda ansiedade pelo gol, que gerava uma pressão desnecessária sobre o time, que não fazia um bom primeiro tempo. Foi então aos 25 minutos que o Boavista "bateu" e colocou o Flu em uma situação desconfortável. Um erro de Jean no meio de campo resultou num contra-ataque fulminante do time de Saquarema, que finalizou no gol de Gilcimar.
"Walter, Walter, Walter" gritava a apreensiva Torcida, que desde já idolatra o simpático atacante gordinho. No entanto, a Torcida esquece que dentro de campo temos dois ídolos que merecem mais respeito e tem mais moral que Walter. Rafael Sóbis e Fred podiam não estar fazendo uma boa partida, mas são fundamentais ao time. Fred aos poucos vai voltando a sua forma, e teve uma chance única em retomar as pazes com as redes. Um pênalti cometido sobre o próprio capitão deu a ele a oportunidade de marcar. Mas o goleiro Getúlio Vargas foi bem na batida e espalmou pra trave e evitou o empate.
Evitou apenas ali, pois o Fluminense cresceu no restante da partida. As cartas certas passaram a vir e o Fluminense também "pegou o morto" antes do intrervalo. Bruno veio pela direita e cruzou na cabeça de Conca, que surpreendeu a defesa do Boavista e mandou pra rede: 1x1 com a cabeça do pequeno rei da Torcida Tricolor.
Tudo igual para o segundo tempo, mas tudo diferente durante ele. Um Fluminense com uma postura diferente e mais desenvolta. O gol estava pra sair, só faltava a carta certa no jogo certo. E veio, o valete. Começando por Conca, que lançou de forma magistral Carlinhos, que fez boa jogada e deixou pra Sobis fuzilar rasteiro, sem chances pro arqueiro do time verde e branco. Virada no Maraca.
Walter jogou 35 minutos e já fez 3 gols pelo Flu... deitando e rolando (Nelson Perez/Fluminense FC) |
Foi o suficiente para a Torcida ir pra festa. 3x1, gol de Walter, o novo xodó dos Tricolores era tudo que esperavam pra noite. E ainda teve bis, já aos 46, quando uma trama fantástica entre Wagner-Chiquinho-Walter resultou no 4x1 que fechou a canastra do Fluminense no Maracanã, que teve uma noite de festa dos Tricolores, que voltam a gritar com confiança aquele velho grito: "dá-lhe dá-lhe dá-lhe Nense, seremos campeões!"
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