Raio-X Libertadores: Nacional

Escudo do Nacional

Em 14 de maio de 1899, foi fundado em Montevidéu-URU, um dos maiores clubes da América do Sul. O seu nome é Club Nacional de Football, mais conhecido como Nacional.

O clube surgiu de uma fusão entre o Uruguay Atlética Club e o Montevideo Football Club. Disputou sua primeira partida em 18 de junho do mesmo ano de fundação, contra o Internacional de Porto Alegre, no seu primeiro campo, em Punta de las Carretas.

Time campeão da Libertadores de 1980

O rótulo de ser um dos maiores do nosso continente se deve ao fato do "Bolso" (apelido do time) ter uma vasta galeria de títulos. O clube possui 42 campeonatos uruguaios (11 amadores e 31 profissionais), 3 Copas Libertadores (1971, 1980 e 1988), 1 Recopa (89), 3 Copas Intercontinentais (71, 80 e 88) e 2 Copas Interamericanas (71 e 88).

O maior ídolo, Atilio Garcia

A história do Nacional não se resume só em títulos. O clube tricolor foi base da seleção uruguaia durante anos, sendo inclusive base das conquistas Olímpicas e Mundiais da Alviceleste. Além disso, já passaram pela gloriosa história do clube azul, vermelho e branco grandes craques como o argentino Atilio Garcia (maior artilheiro da história do clube, com 486 gols em 435 jogos), Carlos Céspedes (um dos primeiros grandes dribladores do futebol), Héctor Scarone (citado como o melhor da decada de 20 e 30). Além deles, jogadores de renome aqui no Brasil já passaram por lá. O zagueirão Hugo de Leon, idólo no Grêmio, começou e terminou sua carreira vestindo a camisa do Nacional. Domingos da Guia, outro grande zagueiro, teve uma curta passagem pelo clube de Montevideu, mas mesmo assim marcou seu nome na história do Bolso. O goleiro Manga também jogou com a camisa tricolor. E em um caso mais recente, mas não menos importante, Loco Abreu, o ídolo do Botafogo, jogou por lá e é torcedor assumido do Tricolor Uruguaio. O camisa 13 já afirmou diversas vezes que quer encerrar sua carreira no clube do Parque Central. O zagueiro Diego Lugano, que marcou história no São Paulo, onde se sagrou Campeão Brasileiro, da Libertadores e do Mundial também começou sua carreira no Nacional.

Estádio Gran Parque Central

Alias, o Parque Central também é uma peça importante na história desse grande clube. Fundado em 25 de maio de 1900, ele foi o palco da primeira partida de Copas do Mundo, entre Estados Unidos 3x0 Bélgica, em 13 de julho de 1930. No dia seguinte, recebeu o Brasil em sua estréia em Copas, mas o placar acabou em 2x1 pra Iuguslavia. (Nota: Pra quem não sabe, o primeiro gol do Brasil foi de Preguinho, que jogava no Fluzão). Depois de 3 reformas, o estádio passou a suportar cerca de 25.000 torcedores. Porém, quando é um jogo de alto público, o Nacional manda suas partidas no lendário Estádio Centenário.

No Uruguai existe uma grande rivalidade entre o Nacional e o Peñarol, que além de serem os dois gigantes do país, protagonizam um dos maiores clássicos do Mundo. Os dois clubes dividem a torcida uruguaia, sendo uma diferença pequena entre quem é tem a maior "hinchada".

Contra o Flu, o Nacional tem um bom retrospecto. Já foram 7 duelos entre os 2 Tricolores: 4 derrotas, 2 empates e apenas uma vitória do Fluzão. Ela ocorreu em 11 de agosto de 1949, e o Time das Laranjeiras venceu por 2x1, com gols marcados por Didi e Carlyle. Curiosamente, foi o único duelo em território brasileiro, sendo que foi justamente nas Laranjeiras.

Elenco campeão uruguaio de 08/09, como já diz na foto

Saindo um pouco dessa longa máquina do tempo, vamos a tempos mais recentes, como 2009, quando o Nacional conquistou seu último título, o Campeonato Uruguaio. Porem, nesse ano o clube de Montevideu não vem tão bem. Perdeu sua estréia na Libertadores por 2x0 pro América no México, além de estar em 13º no campeonato local, sendo que são 16 participantes.

O elenco do clube uruguaio conta com 4 brasileiros: o zagueiro Jadson, os laterais Gabriel e Carlão, além do volante Anderson Silva (não, não é o lutador). A equipe do técnico Juan Carrasco conta com Sebastian Coates, um dos destaques da seleção uruguaia.

O elenco chegou ontem ao Rio, e hoje a noite irão fazer o reconhecimento do campo.

Esse é o Nacional, nosso adversário de amanhã. É bom o Fluzão não dar mole de novo, por que dessa vez tem pela frente uma verdadeira pedreira. Mas nesse duelo, eu sou mais o Fluzão!