quinta-feira, 8 de março de 2012

Deco comanda vitória histórica do Time de Guerreiros

Mais um território foi conquistado pelo Exército Tricolor. Seguidos pelos seus fiéis Torcedores, o Fluminense invadiu a temida Bombonera e se impôs diante do Boca Juniors, que mesmo em sua arena foi derrotado e viu mais uma vez o Flu fazer história diante os xeneizes. Depois de quebrar um tabu que durava desde a década de 60, o Tricolor ontem acabou com a série de 36 jogos sem perder do Boca, além de ser o quarto time brasileiro à vencer o Boca na Bombonera.

Mas nada disso seria possível se não fosse em razão de um nome: Deco. O camisa 20 foi o destaque da partida, onde mais uma vez brilhou e mostrou maestria ao comandar o jogo no meio de campo. Com uma assistência pro gol de Fred e um gol próprio, que foi o que decretou a vitória que colocou o Flu em primeiro lugar do Grupo 4, com 6 pontos, três à frente do segundo colocado, o Arsenal de Sarandí.

fred boca juniors x fluminense (Foto: Ricardo Ayres/Photocamera)
Fred balançou a rede, dançou e fez a festa da Torcida Tricolor
(Ricardo Ayres/Photocamera)
Desde o início o Fluminense mostrou que iria jogar de forma inteligente, sabendo se defender sem abdicar do ataque. Como Abel prometera, o Tricolor iria sim em busca da vitória, e ela começou a ser desenhada logo no início. Aos 9 minutos, Deco cobrou falta da intermediária colocando a bola na área, mais precisamente na cabeça de Fred, que desviou pro gol e viu o goleiro Orión deixar passar, abrindo o placar na Bombonera, para o delírio da massa Tricolor no estádio.

O gol não abalou a fanática torcida xeneize, que seguiu incentivando a sua equipe, que não correspondia no campo. Desnorteado com o gol sofrido no início, o Boca não conseguia ameaçar o Fluminense, que bem postado, impedia os avanços dos hermanos. Com a vantagem no placar, o Tricolor também não fazia questão de atacar. Tentava jogar com tranquilidade, sem afobação e evitando se jogar demais ao ataque. Assim, o jogo ficou durante quase meia hora assim, truncado, sem chances para nenhum lado. A partida só voltou a ficar emocionante nos minutos finais.

Aos 43, Insuarralde recuperou a bola no meio-campo, após uma tentativa de drible errado de Fred, e avançou até a intermediária, onde arriscou um chute forte, obrigando Cavalieri à fazer a defesa no cantinho. No entanto, a bola sobrou para Santiago Silva, que chutou e mais uma vez fez o arqueiro Tricolor trabalhar, realizando uma linda defesa. Na sequência do lance, Riquelme chutou cruzado e forte, obrigando o camisa 12 espalmar pra escanteio. Na cobrança, mais duas defesas de Cavalieri, que fechou o gol e saiu do primeiro tempo com a moral lá em cima.

Torcida Fluminense Bomboniera (Foto: Rricardo Ayres / Photocâmera)
3,5 mil Tricolores invadiram a Bombonera e fizeram uma grande festa nas arquibancadas argentinas
(Ricardo Ayres/Photocamera)


No entanto, no segundo tempo, não deu pro goleirão Tricolor. Logo no primeiro minuto Riquelme cobrou falta na entrada da área e acertou o pé da trave. Caído, Cavalieri nada pode fazer para segurar o chute de Somoza, que pegou a sobra e mandou pro gol aberto, apenas com Anderson tentando evitar, que também não conseguiu salvar.

O gol fez a Bombonera voltar à pulsar, como os próprios xeneizes gostam de dizer. Com a torcida inflamada, o Boca podia ter ido mais em busca do gol, mas ontem não era o dia da equipe azul e amarela. O Flu na verdade, reagiu melhor ao gol do que o próprio Boca. Sem medo e com calma, o Tricolor seguiu jogando seu jogo. O empate também seria um bom resultado, mas quando a oportunidade de vencer o Boca na Bombonera aparece, não podemos deixar passar, e o Flu sabia disso.

Wellington Nem não fazia grande partida. Pouco fez na etapa inicial e parecia ser o jogador que seria escolhido para logo deixar o campo, mas aí enfim a habilidade do jovem atacante entrou em jogo. Aos 10 minutos, Nem disparou pela esquerda, se viu diante de Caruzo, na ponta da área, mas de forma brilhante, deu dois dribles desconcertantes no argentino, que ficou no chão, apenas observando o garoto seguir em frente e cruzar. A bola viajou a área e encontrou Deco, que bateu de primeira, botando a bola no fundo da rede, fazendo mais uma vez os 3,5 mil Tricolores entrarem em êxtase da Bombonera.

O time da casa demorou pra reagir. Seguia sem rumo no jogo e via o Flu ficar cada vez mais próximo da vitória. Abel foi mexendo no time, sem tentar alterar o esquema. Sacou Bruno, com cãibras, e colocou Jean. Com uma atuação fraca. provavelmente em razão nas dores na coxa, Thiago Neves também saiu para a entrada de Rafael Sobis. Deco, também cansado, saiu para a entrada de Edinho, talvez a mudança mais brusca na equipe, já que tirou todas as peças de criação da equipe.

Sem saída pro ataque, o Flu ficou acuado em seu campo, e finalmente viu o Boca Juniors crescer no jogo. Dos 40 minutos em diante, a equipe argentina pressionou bastante, mas só chegou perto mesmo aos 47, quando Riquelme chutou e Digão se atirou na frente da bola, salvando com o peito. No entanto, os jogadores e quase toda a Bombonera pediram pênalti, alegando que teria sido com o braço. Carlos Amarilla não se intimidou e de maneira correta não atendeu os argentinos, que viram mais uma vez o Fluzão destruir os planos do Boca Juniors.

Agora, o Flu volta à campo no domingo, quando enfrenta o Flamengo no Engenhão, pela Taça Rio, às 18h30. Pela Libertadores, o Flu enfrenta o Zamora-VEN na quarta-feira, também do Engenhão.

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