Entre ver o que te assusta ou não olhar, qual a sua escolha? (André Durão/Globoesporte.com) |
Não é isso que vejo. Vejo um time que me faz perder as esperanças de conseguir fugir do rebaixamento, por que não consegue se impor em casa, e passa por um momento típico de time que está prestes à cair. Tudo dá errado, poucas chances são criadas, e as que são, muitas acabam desperdiçadas, a bola bate rebate e sobra no pé do atacante adversário, o passe não chega...
Nada adiantou lotar o Maracanã de 44 mil Tricolores. A fé de cada um daqueles 44 mil Tricolores poderia ser o combustível para uma vitória heroica que poderia salvar o time do rebaixamento sem depender dos outros. Mas a fé de todos os Tricolores, presentes no Maraca ou não, não foi suficiente.
A fé dos Tricolores não foi suficiente para curar o corte de sete pontos na mão esquerda de Cavalieri, que ainda dolorida não teve forças para conter o chute de Tardelli. Mas a fé dos Tricolores foi quem ajudou o arqueiro a voar no chute de Luan e com a mesma mão esquerda salvar.
Gum conclui um lance confuso e agitado que terminou no gol de empate (André Durão/Globoesporte.com) |
Aaah a fé... ela estava ali, funcionando. A fé de cada Tricolor ajudava a operar mais um milagre. Mas, do que adianta tanta fé, se no fim, o time não ajuda? A postura covarde do time em se acuar e tentar segurar o Atlético em seu campo foi punida, de forma dura e triste.
Você não pode deixar um time campeão da Libertadores te pressionar. Você está jogando em sua casa, cheia, você é quem tem que mandar. Mas não foi assim. Quem mandou foi o Atlético, que dominou o jogo e na persistência das bolas altas empatou com Alecsandro, já aos 37 do segundo tempo.
Mesmo com a corda no pescoço, o Flu não reagiu e teve a benção de ter a fé ao seu lado. Tardelli teve tempo ainda para carimbar o travessão num chute colocado, pouco antes do apito final que decretara o 2x2 no Maracanã.
A situação conspira contra nós. Não dependemos mais apenas de nós mesmos. São contas e combinações de resultados que podem nos salvar.
O que nos resta?
Nenhum comentário:
Postar um comentário