quinta-feira, 30 de junho de 2011

Conca se despede com vitória

Foi um bom jogo, mas os holofotes ficaram focados somente em um homem: Dario Conca. Mesmo sem fazer uma partida ao nível das de 2010, o argentino jogou bem e ajudou o Fluminense a chegar a sua segunda vitória seguida. O placar de 3x1 sobre o Atlético Paranaense foi construído por Mariano e Ciro, que teve uma noite inspirada e fez dois gols, chegando a se emocionar no primeiro.


Conca na partida do Fluminense contra o Atlético-PR (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)
Conca ouve pela última vez a Torcida cantar
'Ole, ole, ole, ola, Conca, Conca' (Alexandre Cassiano/O Globo)
Mas a emoção tomava conta daquele homem que vestia a 11. Do início ao fim, todos os olhos estavam nos olhos dele, que no fim, já estavam marejados pela emoção da despedida, ou quem sabe, um até logo. Mas enquanto não dava seu adeus, o capitão seguia comandando seu exército de Guerreiros, que aos 40 minutos achou o caminho pro gol. Conca jogou com Souza, que lançou para Mariano fazer bonita jogada pela direita e mandar pra rede. 

Da emoção de Conca, para a emoção de Ciro. Dois minutos após o gol de Mariano, Marquinho lançou Ciro, que de frente para a zaga, gingou e chutou, fazendo um bonito gol. Na comemoração, uma corrida em direção a torcida. Emocionado, o jovem atacante abriu os braços e ouviu a torcida entoar seu nome. 

Com 2x0 no placar, a tranquilidade do Flu dominou o jogo. Aos 13 minutos, o Tricolor praticamente fechou o caixão rubro-negro. Bola cruzada na área, Gum cabeceou na trave, a bola sobrou para o zagueiro atleticano Rafael Santos, que se enrolou e jogou de presente para Ciro, emendar pro gol com estilo. 

Poderia ter feito mais gols, mas Abelão quis reforçar a defesa e tirou Ciro para colocar Fernando Bob. A escolha, no entanto não rendeu o esperado, já que o gol atleticano acabou saindo aos 41 minutos, com Edigar, de cabeça, após vacilada da defesa.

Os holofotes novamente se voltaram para Conca, que estava vivendo seus últimos momentos pelo Flu. A cada toque do argentino na bola, os 5 mil presentes gritavam 'Fica! Fica! Fica!'. O tempo foi passando e a história de Conca pelo Tricolor foi chegando ao fim. Até que o fim chegou. Pelo menos, por enquanto.

O Flu esta em 7º na tabela, com 12 pontos, 4 atrás do líder Corinthians e a 2 do G-4, tendo o Botafogo como 4º colocado.

Sem Conca, o Flu só volta a jogar contra o Flamengo, no dia 10/07, pela 8ª rodada do Brasileirão. O clássico vai ocorrer no Engenhão, ás 16 horas.




Quem deve ser o novo jogador presente no banner do DN!?

Quando criei o blog, pensei logo num banner legal, que marcasse. Realmente, acho que o banner com a figura do Conca erguendo a bandeira do Fluzão após o jogo do título de 2010 é marcante, afinal, traz à tona as lembranças de um dia que entrou para história do Flu e dos Tricolores.

Porem, com a saída do Conca, acho que seria necessário mudar o banner do blog. Conca fez história, mas talvez uma imagem mais atual seria uma boa, o que acham?

Peço a ajuda de vocês, leitores. O que vocês acham? Muda o banner ou continua esse mesmo? Votem na enquete ao lado e me ajudem a fazer essa escolha.

Caso vocês tenham alguma sugestão diferente da que esta presente na enquete, deixe ela aqui nos comentários. Ela será bem-vinda e poderá ser aceita.

¡Adios Maestro!

Chegou a hora do adeus. Chegou sem muito brilho e saiu como um ídolo. Dário Conca, o argentino que conquistou os brasileiros, se despedirá hoje do Fluminense, clube que o consagrou para o mundo.

O histórico gol contra o Boca, cravando a virada no jogo
O Guangzhou Evergrande, da China, , sondava Conca desde o início do ano. Entre uma viagem e outra ao Brasil, os cartolas do clube chines sempre deixavam uma proposta ao Flu e ao hermano. Porem, todas foram recusadas. Mas, nessa semana, surgiu uma oferta de US$12 milhões para ter o camisa 11. A proposta, equivalente a R$20 milhões além do salário de US$2 milhões, foi finalmente aceita pelo argentino, que pediu a diretoria Tricolor para que também aceitasse o negócio.

A diretoria não fez grandes esforços para segurar o atual capitão Tricolor. O dinheiro que vai entrar provavelmente deve ser útil, e se João de Deus quiser, será aplicado na construção do CT do Flu.

A trajetória de Conca

Em 2008, visando a disputa da Copa Libertadores, o Flu investiu pesado para chegar longe no torneio. Entre as diversas contratações, estava la Conca, vindo do nosso rival Vasco. A princípio, o argentino seria um companheiro de Thiago Neves, ou até o seu reserva. O destino porem, fez questão de que o pequeno argentino aos poucos começasse a mostrar o seu talento para a torcida, que logo o acolheu e tratou de idolatra-lo.

conca taca campeao brasileiro fluminense (Foto: Wallace Teixeira/ Photocamera)
Conca com a Taça de Campeão Brasileiro: o auge dele
(Wallace Teixeira)
No mesmo ano de sua chegada, Conca fez uma boa participação da Libertadores e carregou o time nas costas durante o Brasileiro do mesmo ano, sendo um dos poucos a se destacar na fase negra do clube, quando viveu na zona do rebaixamento, mas com a ajuda do camisa 11, conseguiu se reerguer.

No ano seguinte, Dário seguiu brilhando e conquistando ainda mais seu espaço na história do Flu. No Campeonato Brasileiro, conseguiu, ao lado de Fred, reverter mais uma vez a situação delicada que já colocava o Flu na segundona.

Em 2010, porem, seria o mais especial dos anos Tricolores para Conca. Jogou todas as 38 partidas do Brasileirão, foi o líuder de assistências do Campeonato (14) e ainda comandou a equipe rumo ao título que não vinha desde 1984. Foi coroado no fim como melhor jogador da competição.

Conca realizou ao todo 209 jogos (210 com o de hoje) e marcou 40 gols. Infelizmente, o argentino não irá mais vestir a armadura Tricolor, e nós, teremos que nos acustumar a não ver mais a camisa 11 brilhando em campo.

¡Adios Conca, adios MAESTRO!


domingo, 26 de junho de 2011

Flu derrota Avaí no melhor estilo do Time de Guerreiros

Podia estar frio em Florianópolis, mas no campo da Ressacada foi completamente diferente. Numa partida pegada e difícil, o Flu encarnou o espírito do Time de Guerreiros e conseguiu arrancar a vitória por 1x0.

Conca voltou a jogar bem e comandou a vitória Tricolor
Desde o início, Avaí e Fluminense provaram que o jogo não seria fácil pra nenhum dos lados. Ambos em momentos complicados no campeonato, a vontade de ganhar era notável nos dois times. Mas ela prevaleceu no Tricolor. Aos 37 minutos, Marquinho disparou pela esquerda e cruzou para a área, a bola passou por Rafael Moura e sobrou para Conca, que com tranquilidade dominou e chutou, fazendo seu primeiro gol no campeonato: 1x0 pro Fluzão.

O gol mostrou que Conca estava de volta. A tarde foi dele, e talvez, ganhou até mais destaque após a expulsão de Rafael Moura. O juiz, de maneira equivocada, entendeu que o camisa 10 agrediu o zagueiro Gustavo Bastos com um tapa durante uma dividida e por isso mostrou o cartão vermelho para o He-Man.

A expulsão fez com que Conca passasse de armador para atacante. Enquanto o Avaí atacava, o Flu sentia a falta de um centro-avante de origem para concentrar os contra-ataques. Para a sorte do Flu, o intervalo veio logo para Abel poder organizar a casa.

As instruções do treinador, que buscava sua primeira vitória no clube desde 2005 (quando perdeu os 7 últimos jogos do Brasileirão daquele ano), serviram, e o Flu passou a criar boas oportunidades baseadas nos espaços deixados pelo Avaí na defesa. Porem, o Avaí também ameaçou bastante, e em algumas oportunidades exigiu o trabalho de Cavalieri, como no primeiro minuto do segundo tempo.

Avaí atacava, Flu contra-atacava. Esse foi o cenário da etapa final. O Flu, porem, mesmo com Conca atuando bem no ataque, não conseguia concluir com sucesso. Dentre as melhores oportunidades do Flu, Matheus Carvalho e Souza desperdiçaram boas chances de aniquilar o jogo, após boas jogadas de Conca. Já no Avaí, a única jogada era jogar a bola na área e acertar a cabeça. Rafael Coelho e William chegaram perto.

O grande susto no Flu foi no fim do jogo já. Após mais um cruzamento na área, William e Diego Cavalieri dividiram a bola no alto, e o atacante avaíano conseguiu desviar pro gol. A bola já ia entrando, quando Cavalieri conseguiu se recuperar e tirar ela dali. Mesmo assim, o lance já havia sido parado, já que o juiz marcou falta no camisa 12 na dividida.

Dali até o fim o Flu soube controlar a situação e sair de campo com os merecidos aplausos dos Tricolores presentes. Ao som de "Time de Guerreiros", o Flu foi até a torcida agradecer o apoio e "entregar" a ela os 3 pontos obtidos.

Com a vitória, o Flu ocupa momentaneamente a 8ª posição, com 9 pontos, 6 atrás do líder São Paulo. O próximo jogo é contra o Atlético-PR na quinta-feira (30/06), às 21h no Engenhão.

Em busca da recuperação, Flu pega o lanterna Avaí

Desde que chegou, Abel Braga ainda não conseguiu somar pontos com o Fluminense. Na estréia, derrota pro Corinthians no Pacaembu, e no jogo seguinte, mais uma derrota, agora pro Bahia e no Engenhão. Agora, fora de casa, Abel tem a chance de finalmente voltar a vencer com o Flu, após muito mais do que dois jogos, mais sim, nove jogos.

Em 2005, na reta final do Brasileirão, Abel precisava de três pontos em sete jogos para ir para a Libertadores. E por incrível que pareça, o Flu comandado por Abelão não somou sequer nenhum pontos nos ultimos jogos, ou seja, além de não termos ido para a Libertadores, Abel veio agora em 2011 carregando aquelas sete derrotas nas costas, e agora, mais duas, ou seja... são nove derrotas seguidas da dupla Flu-Abel.

Mas, hoje, mesmo fora de casa, o Flu tem uma boa chance de por fim a esse jejum e se recuperar na tabela do Brasileirão (atualmente estamos em 11º com 6 pontos). O Avaí é o lanterna da competição, e só fez um ponto até o momento. Além disso, tem a pior defesa do campeonato (17 gols sofridos), sendo que 5 foram sofridos no último jogo contra o Palmeiras (o time paulista derrotou os catarinenses por 5x0).

Sem Fred, que foi para a Argentina disputar a Copa América com a seleção brasileira, e ainda sem os lesionados Leandro Euzébio, Deco, Rodriguinho e Araújo, Abel optou por escalar um Fluminense diferente. Após testar 3-5-2 e 4-4-2, Abelão vai mandar o Flu em um 4-5-1. Ciro, que fez a dupla de ataque com Fred no último jogo, dá a vez para Marquinho compor o meio-de-campo. Diguinho, já recuperado de lesão, volta ao time na vaga de Valência. Com isso, o Flu deve ir a campo com Ricardo Berna, Mariano, Gum, Márcio Rosário e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Marquinho, Conca e Souza; Rafael Moura.

Fluminense e Avaí vão a campo às 16 horas na Ressacada. A partida terá transmissão na Rede Globo (exceto para SP, RS, PR, MT, MS, PE, SE, PI, MA e Florianópolis-SC e Juazeiro-CE). Você também poderá acompanhar os lances do jogo no nosso Twitter.

sábado, 25 de junho de 2011

Flu reencontra os 2 autores do gol de 95

Na súmula, o gol está no nome de Aílton. Na história, ele é quem chutou (ou cruzou) para depois Renato dar o desvio final com sua barriga e cravar seu nome como autor do tento.


De uma forma ou de outra, ambos entraram para a história do Fluminense no gol do título carioca de 1995, que hoje completa 16 anos. Enquanto a Torcida comemora o título até hoje, os "dois autores" do gol relembram do momento em lugares diferentes, mas perto do Flu.


Renato Gaúcho Grêmio (Foto: Reprodução / Twitpic)
Renato durante o treino do Grêmio nas Laranjeiras
(Fernando Torres/Fluminense)
No Rio de Janeiro, Renato Gaúcho, hoje técnico do Grêmio (onde também fez história), comandou um treino do seu time antes do jogo contra o Botafogo amanhã. E ele escolheu as Laranjeiras para servir de base para seu elenco. Lá reencontrou amigos e lembrou do momento em que marcou seu nome no Flu:


- Título não tem preço, ainda mais daquela maneira... Contra o Flamengo, diante de um jejum de conquistas do clube, com o adversário jogando pelo empate. É sempre um prazer lembrar daquele dia especial. O engraçado é que fiz o primeiro gol, a jogada do segundo, e todo mundo só fala do gol de barriga. Fico feliz por ter entrado na história do Fluminense dessa maneira. Sempre falo para meus jogadores. Para conseguir isso, só com títulos. Porque a taça ninguém apaga - comentou Renato, em entrevista ao site oficial do Flu.


Longe de lá, o outro nome do gol também reencontrou com o clube. Aílton, hoje auxiliar técnico do Figueirense, encontrou com os jogadores Tricolores que treinam em Palhoça, onde fica o CT do Figueira, e onde o Flu se prepara para o jogo de amanhã contra o Avaí, em Florianópolis.


Fluminense treino CT Figueirense (Foto: Edgard Maciel / Globoesporte.com)
Aílton reencontra amigos da sua época de jogador do Flu
(Edgard Maciel/Globoesporte.com)
- Vale o que está na súmula. O Léo Feldman (árbitro da partida) até me disse que se ele (Renato Gaúcho) fosse de encontro à bola, poderia ser dele. Mas, como tentou sair, o gol é meu. Ainda bem que ele estava gordinho (risos) e a bola entrou. Mas o importante é o titulo, não quem fez o gol


Bem humorado, Aílton cobrou uma homenagem do Fluzão:


- Uma coisa que ainda está em tempo é fazer uma homenagem com uma placa nas Laranjeiras. Não adianta esperar eu morrer. Já vou deixar a família avisada que se for para fazer depois que eu morrer, é para não aceitar (risos)

Há 16 anos ocorreu o maior Fla-Flu da história

Enquanto Renato corre para comemorar seu feito,
os flamenguistas desabam
Como diz na descrição do blog, sou Tricolor desde 1995, ano do mais mágico título carioca. Aquela vitória contra o Flamengo fazi os Tricolores se arrepiarem até hoje. E justamente no dia de hoje, 25 de junho, comemoramos 16 anos desse título. Então por que não voltarmos no tempo? Vamos viajar para 16 anos atrás, e lembrar daquela conquista histórica.

Era o centenário rubro-negro. A festa deles era comandada por Romário, Sávio, Edmundo e Branco. O Maracanã, lotado, era por maioria vermelho e preto. A maioria já festejava antes mesmo da bola rolar, afinal, o favoritismo era totalmente do Flamengo. Bastava um empate e a taça ia pra Gávea. 


Mas o Maracanã também estava pintado de verde, branco e grená. Mesmo sem ser a maioria, a torcida Pó-de-Arroz marcava presença e acreditava no seu time, que não contava com craques, mas tinha no ataque Renato Gaúcho.


Todo Fla-Flu já traz por si próprio um clima especial. Mas aquele era diferente. Era mágico. De um lado, o Tricolor querendo por fim aos 10 anos sem títulos relevantes, o Rubro-Negro querendo erguer a taça em seu Centenário. Era e iria ficar ainda mais especial.


Assim que rolou a bola, a euforia vermelha e preta foi água abaixo. O Fluminense passeou em campo, o Flamengo não via a cor da bola. Aos 30 minutos, Renato, mesmo sob forte marcação da defesa Rubro-Negra, consegue invadir a área e bater de esquerda para abir o placar pro Flu. A pressão continuou e aos 42 Leonardo aproveitou a sobra da defesa para fazer Flu 2x0. Estava fácil de mais para ser verdade, pensavam os Tricolores. E realmente ainda tinha mais para acontecer.


O segundo tempo foi totalmente diferente, o Flamengo foi pra cima. Branco acertou uma cobrança de falta do meio da rua no travessão, chamando a torcida Rubro-Negra para o jogo. O título que parecia encaminhado para as Laranjeiras começa a voltar para o Maracanã quando a defesa Tricolor bate cabeça e Romário diminui: 2x1. Na comemoração, confusão entre os Tricolores e Rubro-Negros. Sávio, ao tentar pegar a bola para recomeçar rapidamente o jogo, leva uma rasteira do zagueiro Tricolor Sorlei. O juiz expulsa o zagueiro e deixa o Flu com dez em campo. Na confusão, Marquinhos do Flamengo também é expulso, dando ainda mais gás pro jogo.


A pressão aumenta para cima do Flu, que vê o pior acontecer. Fabinho, aos 32 da etapa final, dá um belo corte, tirando os três marcadores Tricolores da jogada, e em seguida, batendo colocado no canto do goleiro Wellerson e empatando a peleja.


O 2x2 no placar levava o título para a Gávea. Para piorar, Lira, após carrinho violento no jogador Rubro-Negro, é expulso. Eram 9 contra 10 em campo. Se não fosse Fla-Flu poderíamos dizer que já estava decidido. Mas para a infelicidade dos flamenguistas, era Fla-Flu.


Enquanto os Rubro-Negros já festejavam a conquista, os Tricolores aguardavam o improvável. Eram corridos 42 minutos do último tempo do Campeonato Carioca de 1995. Ronald lança Aílton pela direita. O meia recebe, invade a área, e dá um, dois dribles para cima do beque Rubro-Negro. Olha para o interior da área e chuta (ou cruza). Os segundos viraram minutos. A bola rasga a área, devagar, como quem esperasse que alguém a desviasse para o gol. E ela encontrou uma barriga. Era a barriga de Renato. A barriga encobrida pela armadura de número 7 obedeceu a bola. Num rápido desvio, a barriga manda a bola para o gol. Lágrimas viraram risos, risos viraram lágrimas. Era o gol. Gol de Renato, gol do Fluminense. Era o gol do título. 


Não foi um golaço, não foi daquelas obras-de-arte que grandes gênios do futebol já fizeram no passado. Foi muito mais do que isso. Foi um gol mágico. 


Dali até o fim foi só aguardar com o coração na mão. Mas não havia mais tempo para o inesperado, ele já ocorrerá, e foi com as cores do eterno Fluminense. A Torcida Tricolor festejava a Taça. Não Romário, não é você o Rei do Rio. Nem Renato, apesar do feito magnífico. A coroa cabe ao Campeão. A coroa é do Fluminense, o eterno Rei do Rio.


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Abel revela que ainda não assinou o contrato com o Flu

Foram longos três meses para aguardar a chegada de Abel Braga ao Flu. Durante esse meses, foi dito que tudo já estava pronto, o contrato, o salário, tudo estava certo para a chegada de Abel. Porem, ontem, no programa 'SporTV News', Abelão revelou que sequer assinou contrato e não tem noção de qual é o seu salário:

- Foi só palavra. Eu, nesse momento, ainda não assinei contrato. Eu tinha conversado uma situação com o Celso, óbvio, já há algum tempo, mas eu nem sei quanto eu vou receber. Se você perguntar quanto eu ganho exatamente, eu não sei. Não estou preocupado com isso. Estou preocupado em fazer o meu time ganhar. Fazer o Fluminense jogar como todo mundo quer ver jogar, como eu quero, como eu gosto no futebol, competitivo, mas com plasticidade, beleza. Eu gosto de um futebol bem jogado. Então aumentou a responsabilidade. O clube esperou três meses. A torcida está sendo legal. Com toda a razão no último jogo contra o Bahia vaiou, nós não jogamos bem. Mostrou que estava insatisfeita, tinha que mostrar. É aquilo que nós esperamos do torcedor. Nós vamos ter os aplausos, nós vamos corresponder à eles.


Abel reforçou que esta muito feliz em voltar ao seu clube de coração e também ao Rio de Janeiro:


- Muito bom voltar ao Brasil, ao Rio, ao meu clube, que eu tenho uma relação muito forte. Muito contente com tudo que está se passando. Claro, não contente com a maneira com que o time tem jogado nos dois últimos jogos, as duas derrotas. Mas eu estou muito próximo de encontrar a equipe que eu penso, que todo tricolor quer. Também é um desafio, mas estou muito contente. Principalmente por estar em casa. No Rio de Janeiro foram cinco anos e meio. Dois anos e meio de Porto Alegre e três anos de Emirados Árabes. Foi uma experiência boa, mas eu estava com saudade do meu ninho.


Será que Abel Braga é um dos últimos representantes do amor à camisa? Treinar por amor, sem se interessar pelo salário... ou realmente é amor ou é mais uma trapalhada da diretoria do Flu.

domingo, 19 de junho de 2011

Que Fluminense é esse?

bahia fluminense conca (Foto: Caio Amy/Photocamera)
Conca foi uma vez foi apagado em campo
(Caio Amy/Photocamera)
Essa é a pergunta que ecoa na cabeça dos Tricolores após a derrota de ontem. Até a gora, está impossível entender o que vem acontecendo com o Flu nos últimos jogos. Após uma atuação fraca contra o Corinthians, que resultou na derrota por 2x0 em São Paulo, o Tricolor voltou a apresentar um futebol medíocre diante o Bahia. Mesmo jogando em casa, o Flu foi apático e perdeu por 1x0, sofrendo o gol da derrota aos 47 minutos, após um contra ataque fatal, finalizado no gol de Jóbson.

Se a torcida achou o jogo contra o Corinthians fraco, o de ontem foi ridículo. O time inteiro foi mal. Nenhuma jogada dava certo, a defesa, mesma formada por 3 defensores, ficava exposta aos ataques perigosos do time baiano. Os laterais Mariano e Julio Cesar foram discretos na defesa e fracos no ataque. Falando em ataque, Fred foi mal e acabou vaiado, Ciro pouco apareceu, Conca mais uma vez esteve apagado e Souza só apareceu em um chute no segundo tempo, de fora da área, acertando a trave.

Quando o Flu finalmente tinha chance de fazer o gol, o goleiro do time da boa terra, Marcelo Lomba, aparecia para evitar o gol. Foi assim com Fred, Marquinho, Rafael Moura... Não adianta, a fase não é boa.

Alias, má fase passou longe de um único jogador: Diego Cavalieri. Foi bom ver o camisa 12 voltar a fazer boas defesas, evitando boas chances do Bahia. No gol do jogo, Cavalieri nada pode fazer. A jogada do gol nasceu após a defesa baiana tirar a bola após a cobrança de falta jogada na área, a bola foi avançando pelos pés dos jogadores do time azul, branco e vermelho, deixando os poucos defensores do Flu desnorteados com a velocidade (que o Flu não tem a um bom tempo) do contra-ataque (qual foi o último bom contra-ataque do Flu?), até a bola chegou em Jóbson, que tentou o jogo todo, e finalmente conseguiu fazer o gol.

Já são dois jogos sem vitórias e sem gols. A próxima partida é contra o lanterna Avaí, na Ressacada, no dia 26/06 às 18:30. Vamos acordar Fluminense, já foram 6 importantes pontos perdidos em casa, agora tem que recuperar eles fora.

sábado, 18 de junho de 2011

Com cinco alterações no time, Flu pega o Bahia

Seja por lesão ou questão técnica, Abel Braga, ao longo da semana, foi modificando cada vez mais o time Tricolor. No começo era uma ou outra alteração, mas logo passou para três, quatro, até que chegou em cinco alterações em relação ao time que enfrentou o Corinthians.

No gol, Ricardo Berna, com uma lesão na coluna (e alguns gols em sua conta) sai para dar a vez à Diego Cavalieri, que após três meses volta a defender a meta Tricolor. Na zaga, a nova lesão de Leandro Euzébio fez Abel escalar Márcio Rosário, contratado no mês passado e que ainda não estreou. Na lateral esquerda, Julio Cesar, após atuações apagadas, volta a esquentar o banco e ver Carlinhos reassumir a titularidade após sua lesão. No meio, Deco, mais uma vez machucado, vai ver Souza entrar no seu lugar. Encerrando as alterações, Ciro vai fazer dupla de frente com Fred, já que Araujo e Rodriguinho estão machucados.

Falando em Fred, essa será a última partida do nosso capitão antes de ir para a seleção brasileira, onde vai se juntar aos outros jogadores que irão à Argentina disputar a Copa América. Com isso, Abel Braga terá mais uma mudança para o próximo jogo.

Para os Tricolores supersticiosos, o Flu não perde pro Bahia à 21 anos. De la pra cá, foram 6 vitórias do Fluzão e 7 empates, sendo que os últimos dois confrontos terminaram empatados, mas com vantagem pro time das Laranjeiras. Pela Copa do Brasil em 2007, Flu e Bahia se enfrentaram pelas oitavas de final da competição. No primeiro jogo, 1x1 no Maracanã, e no segundo, 2x2, classificando o Flu para a fase seguinte, até que chegou na final e foi Campeão.

Que a escrita continue, e que mais uma vitória venha para as Laranjeiras. A bola vai rolar no Engenhão a partir das 18:30h.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Thiago Silva visita novamente as Laranjeiras e recebe camisa personalizada

Um dos maiores ídolos recentes do Fluminense, Thiago Silva, hoje zagueiro do Milan, visitou as Laranjeiras hoje pela manhã. O defensor, que teve uma marcante passagem entre as temporadas de 2006 e 2008, conversou com os ex-colegas e chegou a treinar no clube, já que ele esta buscando manter a forma física no Brasil para disputar a Copa América em julho pela seleção brasileira.

Como presente pela visita, foi dado à Thiago uma camisa Tricolor personalizada com o número 3 nas costas e o nome "Thiago Silva Monstro", em referência ao apelido que o zagueiro ganhou durante sua passagem pelo Flu.
thiago silva fluminense visita (Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)
TS com a camisa Tricolor(Thiago Fernandes/Globoesporte.com)
O "Monstro" não escondeu o carinho que tem pelo Fluzão, e disse que as Laranjeiras é a sua verdadeira casa:

- Agora sim, estou na minha verdadeira casa. Foi aqui onde tudo começou. Devo ao Fluminense o que conquistei até agora e o que ainda está por vir. É muito bom rever os amigos, matar a saudade e aproveitar esse clima positivo – aifrmou o camisa 33 do Milan

Thiago também falou que seu sentimento não fica restrito ao lado profissional. Tricolor conveso, TS disse que acompanha os jogos do Flu e que se emociona ao falar do clube:

- É um sentimento especial que tenho com os tricolores e com o Fluminense. Não escondo de ninguém que sou tricolor. Em todas as entrevistas que dou, quando começo a falar do Flu, me emociono. Daqui a pouco vão me chamar até de chorão. Quando o jogo é importante ou decisivo, vejo e xingo o tempo todo. Até tiro minha esposa da sala, de tão nervoso que fico.

E como sempre, fez questão de lembrar a Torcida Tricolor que ele irá encerrar a carreira com a camisa do Fluzão:

- Ainda falta, mas vou encerrar a carreira pelo Fluminense. Se não for possível fazer uma temporada completa, pelo menos meu último jogo será com a camisa tricolor.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Uma nova chance à Cavalieri

diego cavalieri fluminense treino (Foto: Caio Amy / Agência Photocamera)
Diego salta para agarrar uma nova oportunidade no Flu
(Caio Amy/Photocamera)
Contratado para ser a solução da irregularidade no gol Tricolor, Diego Cavalieri chegou com moral de um grande goleiro, que mesmo após anos sem sucesso, ainda tinha um nome a honrar. Após uma grande campanha pelo Palmeiras em 2006/2007, Diego foi para a Inglaterra defender o Liverpool, mas amargou o banco durante três temporadas e seguiu para o clube italiano Cesena, onde também ficou na reserva. A proposta do Flu agradou a Cavalieri que veio em busca de retornar a jogar com frequência, diferente do que ocorreu na Europa. Começou a temporada como titular, mas a falta de ritmo de jogo levou a algumas falhas e logo perdeu o posto para o ex-titular e campeão brasileiro Ricardo Berna.

Berna começou bem, dando sequência a boa fase vivida em 2010, mas logo entrou em decadência. Falha atrás de falha, o arqueiro foi perdendo sua moral com a Torcida e assim como seu companheiro de posição, começou a ser vaiado pela Torcida Tricolor.

Contra o Corinthians, foi a gota d'água para a torcida e até para Abel Braga, recém-chegado no clube. Mesmo sendo sua estréia no domingo, Abel já vinha acompanhando o Flu antes, e chegou a conclusão de que tinha chegado a hora de dar mais uma chance a alguém que vinha se dedicando com paciência e tranquilidade, como quem soube-se que sua hora iria chegar... e chegou.

Cavalieri tem mais uma chance de honrar o seu nome, provar que sua passagem pelo Palmeiras não foi só um breve momento. Sua dedicação nos treinos somada a má fase vivida por Berna resultou em uma nova oportunidade, que ele tem que agarrar da mesma forma que ele agarrava no clube paulista.

Ao longo da semana, Abel vinha revezando os goleiros nos treinos, e logo concluiu de que contra o Bahia, no sábado as 18:30 no Engenhão, Diego Cavalieri vai ser o titular da meta Tricolor.

Essa é a quarta alteração no time feita por Abel desde segunda. Márcio Rosário, Souza e Ciro ganharam vagas no time por causa das lesões de L. Euzébio, Deco e Araújo. Que todos saibam aproveitar as oportunidades que ganharam, e possam ajudar o Flu no próximo desafio.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Enfim, Ciro tem documentação regularizada

Demorou, mais saiu. Depois de quase um mês, finalmente a papelada envolvendo a negociação de Ciro, que veio do Sport para o Flu, ficou pronta. Isso permite que enfim o atacante seja apresentado oficalmente nas Laranjeiras. Porém, a ânsia por estrear com a camisa Tricolor é tão grande, que Ciro já vestiu a armadura Tricolor e até posou pra foto.

ciro fluminense apresentação (Foto: Ralff Santos / FluminenseFC)
Ciro enfim veste a camisa Tricolor (Ralff Santos/Fluminense)

O atacante, que jogava com a 11 no Sport e até usa o número no seu nome no Twitter (c11ro), vai ter que se adaptar a outro número. Pelo Fluzão, o atacante vai usar a camisa 18.

A demora pela regularização o novo camisa 18 Tricolor ocorreu pela dúvida envolvendo a quem iria pertencer o passe do atacante. Após muitas conversas, ficou definido que seu passe seria comprado por um grupo de investidores e seria emprestado por dois anos ao Fluminense.

Sua apresentação será mais tarde, após o fim dos treinos nas Laranjeiras. A sua estréia pelo Flu será contra o Bahia, no Engenhão às 18:30 desse sábado.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Após série de lesões, Abel treina com M. Rosário e Ciro no time titular

ciro fluminense laranjeiras (Foto: Nelson Perez/FluminenseF.C.)
Ciro deve ter chance no time titular no
sábado (Nelson Perez/Fluminense)
Com cinco jogadores fora de combate, Abel Braga aproveitou o treino de hoje para encaixar os nem tão recém-contratados Márcio Rosário e Ciro. O zagueiro e o atacante ainda não estreiaram pelo Fluminense, sendo que o jovem artilheiro sequer foi apresentado (apresentação dele esta prevista para quarta-feira).

Já que Leandro Euzébio está lesionado, Abelão escalou Rosário na defesa, junto à Gum. No meio de campo, a lesão de Deco abriu espaço para Souza, que ocupou a vaga de titular no treino. Na frente, os problemas estão em Rodriguinho e Araújo, que também estão lesionados, fazendo abrir assim a vaga para Ciro. Diferentemente do que vinha acontecendo antes da chegada de Abel, Rafael Moura não é uma opção para o técnico, já que dois centro-avantes no time não fazem parte do esquema dele. Com isso, Ciro se encaixa no perfil para fazer dupla com Fred no ataque. O camisa 9 inclusive vai dar um 'até logo' pro Flu depois do jogo de sábado, contra o Bahia. O capitão vai se apresentar a seleção brasileira no dia 22, e só volta em julho.

Outra novidade no treino foi a volta de Diguinho à escalação do time titular. Após de recuperar de lesão, o volante vinha retomando a forma física e treinando entre os reservas. O camisa 8 entrou no lugar de Valencia durante o treino. Com isso, o time ficou da seguinte maneira: Berna, Mariano, Gum, Rosário e J. Cesar; Valencia (Diguinho), Edinho, Souza e Conca; Ciro e Fred.

O Fluminense pega o Bahia no sábado, às 18:30 no Engenhão, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro.

As últimas do Departamento Médico Tricolor

Como sempre, o DM do Fluminense esta lotado. Sai um, entra hora, e logo, logo, aquele que saiu volta. A muitos anos vem sendo assim, com diferentes jogadores ou até mesmo as mesmas figuras de sempre. Entra ano e sai ano, lá esta o DM Tricolor cheio de jogadores.

Veja a situação atual do Departamento Médico do Fluminense, comandado por Vitor Favilla:
Araújo: sentiu um incomodo na coxa direita horas antes do jogo contra o Corinthians no domingo. Foi constatado um estiramento de grau 1 na sua coxa e a previsão é de retorno em dez dias.

Deco: teve a mesma lesão de Araújo, só que foi durante o jogo contra o Corinthians. A previsão também é de dez dias para voltar a treinar.

Diguinho: já está recuperado de sua lesão, só basta recuperar a forma para voltar a jogar.

Leandro Euzébio: inflamação no tecido sinovial, mais conhecido como sinovite. Esse é o atual problema do zagueiro, que esta com o joelho direito inflamado e ainda não tem previsão de retorno.

Rodriguinho:  mais um com estiramento na coxa direita de grau 1. Também tem previsão para retornar em cerca de dez dias.

abel braga cristiano nunes fluminense (Foto: Ralff Santos / FluminenseFC)
Abel e o preparador físico Cristiano Nunes
(Ralf Santos/Fluminense)
Ou seja, cinco desfalques para os próximos jogos. Mal Abel Braga chegou e já pega uma situação dessa. Até quando o Fluminense vai continuar assim, cheio de jogadores lesionados? Onde está o problema? É a parte física? Ou será as condições de treinos, já que todos nós sabemos que o gramado das Laranjeiras não é nenhum tapete? Por certo lado, Muricy estava certo, deve ser muito difícil trabalhar assim, com constantes lesões, em sequência.

O Fluminense precisa logo melhorar as condições de trabalho oferecidas aos jogadores e comissão técnica. Cadê o CT, Peter? O que houve, que de repente sumiu todas as localidades que você tinha visitado no auge da saída do Muricy?

Se não houver cobrança por esse CT, ele nunca vai sair, e nós vamos continuar aturando jogadoresd parados por conta das inúmeras lesões.

domingo, 12 de junho de 2011

Flu esbarra em Julio Cesar, que segurou a vitória do Corinthians



Era um resultado esperado. Vencer o Corinthians no Pacaembu não é uma missão fácil, e hoje, o Fluminense não foi um dos poucos que conseguem surpreender o alvinegro paulista em casa. Bem que tentou, mas o time paulista contava com seu inspirado goleiro Julio Cesar, que defendeu todas as tentativas Tricolor.

fluminense corinthians abel braga emerson (Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)
Os dois pré-protagonistas do jogo. No fim, nenhum dos dois brilharam
(Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)

Não adiantou ter Abel no comando da equipe. Ele pouco pode fazer. A sua principal mexida no time não pode ser executada, já que Araujo, que havia se destacado nos treinos e impressionado o treinador, sentiu uma dor na coxa direita e não pode ir pro jogo. Coube a Tartá iniciar a partida ao lado de Fred no ataque.

E se Abelão ainda tinha algumas dúvidas na escalação do time, ele pode soluciona-las logo no primeiro tempo. A defesa Tricolor continua fraca, mesmo entrando hoje com 3 zagueiros, dando mais espaço para os alas J. Cesar e Mariano apoiarem no ataque. Mas a defesa não soube segurar o ataque corinthiano, que logo aos 5 minutos abriu o placar. Danilo fez jogada pela direita e cruzou para Willian mandar de cabeça, se antecipando à defesa Tricolor.

O time não conseguia ameaçar o Corinthians. O que se era esperado de Mariano e J. Cesar não aconteceu, não apareceram para ajudar o ataque e também não compareciam na defesa. A aramação ficou sobrecarregada em cima de Conca e eco, que não deram conta do recado. Porem, aos 23 minutos, Conca bateu escanteio pela direita e Gum chegou de surpresa, cabeceando firme para uma grande defesa de Julio Cesar.

Sem poder de ataque, o Flu não tinha grandes chances de fazer o gol. O Corinthians também não ameaçava muito, mas na mais perigosa chegada, fez. Aos 30 minutos, Paulinho chutou de fora da area e Berna espalmou, na sobra, Liedson ia chegar nela mas foi impedido por L. Euzébio, que agarrou o atacante e cometendo o penalti. Na batida, Willian bateu e fez Corinthians 2x0 Fluminense.

Se a situação não podia ficar pior, ela ficou. Pouco antes do fim do primeiro tempo, Deco sentiu a coxa direita e foi substituído por Marquinho.

No retorno para a etapa final, Abel sacou Edinho e mandou Souza pro jogo, alterando o estilo do jogo para um 4-4-2. Se a intenção era aumentar o poder ofensivo do Flu, ela deu certo. O Flu criou muitas chances, mas sempre parava no goleiro Julio Cesar.

Encurralado, Tite tirou Liedson e botou Emerson aos 20 minutos. Sheik mostrou disposição e logo puxou um perigoso contra-ataque, chegando a driblar Berna, mas após o drible, ele perdeu o angulo e também a única chance que teve de fazer seu gol.

Para tentar aumentar o poder de fogo, Abel tirou Tartá e mandou Rafael Moura pro jogo. Não adiantou, o dia era de Julio Cesar, que seguiu segurando tudo o que vinha, e assim, segurou também a vitória dos paulistas.

Agora, o Flu ocupa o 9º lugar na tabela, ainda com 6 pontos. O próximo jogo será no sábado, contra o Bahia, às 18:30 no Engenhão.

O retorno e o reencontro

Um jogo entre Fluminense e Corinthians já é emocionante por natureza. Traz de longe uma história cheia de jogos marcantes e históricos. E de perto, mais precisamente 2010, uma disputa emocionante pelo título brasileiro. Não é necessário mais temperos para esse confronto, mas hoje, teremos dois ingredientes extras para deixar a disputa ainda mais acirrada.

Um deles é o retorno de Abel Braga ao Flu. Depois de deixar o clube em 2005, Abel volta com a missão de conduzir o time ao bi-campeonato brasileiro, que seria também finalmente ver o Brasileirão no vasto e vitorioso currículo de Abelão. Abel traz de 2005 a última vitória Tricolor sobre o alvinegro paulista. O placar de 1x0 em Mogi Mirim-SP, com gol marcado pelo lateral-artilheiro Gabriel, foi a última vez que o torcedor Tricolor saiu contente após um confronto contra o Corinthians. De la pra cá, só empates e derrotas, mas mesmo assim, ano passado, comemoramos o Brasileirão praticamente em cima deles, já que a disputa entre nós e os paulistas foi até o fim, mesmo com o Cruzeiro terminando em 2º e o Corinthians em 3º.

O outro fator que vai dar mais gás a essa disputa é o reencontro entre Emerson Sheik e o Fluminense. Autor do gol do título do ano passado, Sheik se envolveu em problemas dentro das Laranjeiras e passou a ser persona non grata em território Tricolor. Com isso, o atacante deixou o clube e acertou com o time do Parque São Jorge. Mesmo após deixar o clube, Sheik ainda deixou suas últimas marcas no Flu, criticando jogadores do elenco, diretoria, ou seja, atirou para todos os lados e agora tem a chance de encontrar o seu ex-clube.

Enfim, motivos não faltam para o jogo de hoje ser um verdadeiro jogão. Duas equipes que vem para lutar pelo título e quem sabe, reeditar a disputa do ano passado. Se assim foi, que o final seja o mesmo, ou seja, com o troféu indo para as Laranjeiras.

O Flu vai a campo hoje com algumas alterações. Abel Braga escalou Ricardo Berna, Mariano, L. Euzébio, Gum e Julio Cesar; Valencia, Edinho (que ainda é dúvida, ou seja, Marquinho, Souza ou Diogo podem ir pro jogo), Deco e Conca; Matheus Carvalho (ou Tartá, já que Araújo, que iria pro jogo, sentiu uma dor na coxa direita) e Fred.

A bola vai rolar as 16 horas no Pacaembu. Terá transmissão pela Rede Globo, menos para SC, SP, e algumas cidades do RS e PR.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Flu apresenta serviço para celular que permite o torcedor mandar mensagens para Abel

abel braga celular mensagens (Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)
Smartphone dado a Abelão, já cheio de mensagens
(Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)
Todo torcedor pensa que é treinador. Os pitacos na escalação sempre surgem antes, durante ou depois do jogo. Quem deve entrar, quem deve sair, enfim, o torcedor sempre quis poder interferir na escalação do seu time, ou talvez, no mínimo dar a sua dica ao treinador. Para os Tricolores que sempre sonharam com isso, a hora chegou.

Em mais um projeto do renovado departamento de marketing do Fluminense, os torcedores do Fluzão agora vão poder enviar mensagens para o técnico Abel Braga. O serviço, chamado "Fala Guerreiro!", foi apresentado junto ao treinador e foi exibido pelo presidente Peter Siemsen, que junto, deu um novo smartphone ao técnico.

Aqui está o seu celular novo, Abel. Servirá para você receber mensagens da torcida tricolor. Já chegaram mais de 400. Você terá algum trabalho quando chegar em casa para ler isso tudo (risadas) - explicou o presidente, fazendo o novo técnico Tricolor também rir


O serviço funciona da seguinte maneira: o Tricolor que quiser dar aquela dica, ou então mandar apoio ao treinador, deve mandar um SMS com a mensagem escrita FLU e o seu recado para número 49214. O custo é de R$ 0,31 + impostos. Mas não vale mandar xingamentos, ou seja, nada de cornetagem exagerada. Caso o torcedor mande alguma mensagem ofensiva, ela será automaticamente bloqueada.

Abel Braga chega ao Flu em clima de festa e promete 'entrega total'

abel braga fluminense apresentação (Foto: Nelson Perez / FluminenseF.C.)
Peter Siemsen exibe a camisa que Abel já tanto vestiu
(Nelson Perez/Fluminense)
A 87 dias a diretoria Tricolor em conjunto do técnico Abel Braga chegaram a um acordo para o treinador comandar o Fluminense. Porém, o time e a torcida teriam que esperar até junho para ele chegar. Passaram o Cariocão e a Libertadores, o Flu foi eliminado de ambas competições e tropeçou na estréia do Campeonato Brasileiro, mas logo se reergueu e agora tem tudo para embalar, por que enfim, Abelão chegou.




Chegou com direito a festa, surpresa e tudo mais. Ele merece. Afinal, como jogador ele ganhou os campeonatos cariocas de 1971, 1973, 1975 e 1976. Como treinador, conquistou o Cariocão de 2005, tendo antes ganhado a Taça Rio.

Abel chegou sob uma forte recepção dos torcedores. Com faixas exibindo a frase "o bom filho a casa torna" e cartazes com "o líder dos Guerreiros chegou" escrito, além da presença de ex-jogadores que atuaram ao lado de Abelão em sua época de jogador, como Gil, Marco Antonio, Lula, Nielsen e Rubens Galaxe, a emoção dominou o treinador

Gostaria de agradecer a surpresa, aos ex-jogadores que vieram. Isso já me emocionou. Em 2005, quando treinei o time pela primeira vez, fiquei extremamente feliz e um pouco magoado. Achei que o Fluminense tinha demorado para me chamar. Hoje, não consigo dimensionar o que representa esse retorno. É inédito um clube do tamanho do Fluminense esperar três meses por um treinador, ainda mais depois dos resultados inesperados no primeiro semestre. A palavra foi dada e cumprida. Agora ela se realiza e aumenta a minha responsabilidade. Recebi um recado de um torcedor que dizia: "Não quero só vencer, e sim sentir orgulho de ser cada vez mais tricolor". Essa é a minha promessa. Eu me sinto em casa. A entrega será total.


Quem também fez questão de agradecer Abel foi o vice de futebol Sandro Lima


- Ele honrou com a palavra. Nem assinou contrato ainda e está aqui, mesmo recebendo recentemente duas propostas da Europa e de duas seleções. Na terça ele me ligou e disse: "Os caras não querem deixar eu ir embora, mas fica tranquilo que estou entrando no avião". Valeu a pena esperar. Tenho certeza de que foi a melhor opção.


Então, após vários jogos sem técnico, enfim o Flu vai entrar "100%" em campo. Abel Braga já vai estar à beira de campo diante o Corinthians, no domingo, às 16 horas no Pacaembu.

Na despedida de Ronaldo, Fred marca e garante sua vaga na Copa América

Ontem foi um dia marcante para o futebol brasileiro. O eterno artilheiro Ronaldo se despediu oficialmente dos gramados e por tabela, da seleção brasileira. O atacante entrou só aos 30 minutos do primeiro tempo e saiu no fim da etapa inicial. Mas antes, que ocupava a vaga de centro-avante da seleção era Fred.

Fred gol Brasil x Romênia (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Fred garantiu a vitória na despedida de Ronaldo
(Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
O nosso capitão correu, brigou, tentou, chutou e na base do esforço conseguiu marcar o único gol do jogo. Aos 21 minutos, Neymar fez jogada pela direita e cruzou para o nosso atacante empurrar pro gol aberto. Na comemoração, uma homenagem ao ídolo de muitos dessa geração. Dedo indicador da mão direita balançando, como fazia Ronaldo para comemorar seus gols pela seleção.

Aos 30 minutos, Fred deu a vez ao dono da festa. Na saída,o camisa 19 fez reverência ao eterno camisa 9, que teve 3 boas chances nos seus últimos 15 minutos de jogador profissional.

Após o jogo, Fred disse que Ronaldo é um dos seus ídolos e que vai entrar voando na Copa América (Mano Menezes o convocou para a competição, sendo o único jogador de um clube do Rio de Janeiro a estar lá)



- Foi maravilhoso. Fiquei muito contente, porque o Ronaldo é meu maior ídolo e um dos maiores jogadores que vi jogar. Fiz a comemoração para homenageá-lo, fui ao banco até para dedicar o gol a ele, mas ele não estava. Ele fez história, tem carisma, o carinho do povo e todos têm que agradecer a ele - ressaltou o centroavante
- Estou buscando fazer o máximo. Conversei com o pessoal da preparação física aqui e vou focar muito nos treinamentos para estar voando na Copa América - finalizou.

sábado, 4 de junho de 2011

He-Man comanda vitória Tricolor sobre o Cruzeiro

rafael moura  fluminense x cruzeiro (Foto: Rafael Moraes/Photocamera)
He-Man corre para comemorar seu primeiro gol
(Rafael Moraes/Photocamera)
Mais uma vez, os poderes de Grayskull estiveram a favor do Fluminense. No primeiro jogo da "Era Abel", iniciada pelo seu auxiliar Leomir, o Flu derrotou o Cruzeiro no Engenhão por 2x1 e chega a seis pontos no Brasileirão.

A mudança no estilo de jogo foi notável desde o primeiro minuto. As jogadas estavam muito mais bem formuladas, os erros nos passes diminuíram e jogadas ensaiadas passaram a surgir no gramado. O Flu pela primeira vez sabia como chegar ao gol, só que esbarrava nas limitações técnicas da dupla de frente formada pro Rodriguinho e Rafael Moura, mas avançava graças a Conca e principalmente Deco, que mais uma vez estava inspirado em campo.

A defesa, porém, segue frágil. Todos os ataques do Cruzeiro, liderado pelo habilidoso Montillo, ofereciam perigo ao Flu. A defesa formada pro Leandro Euzébio e Gum não conseguia evitar os golpes do time celeste, e assim o Cruzeiro ia chegando, mas por sorte, sem acertar o gol.

Mas a noite de hoje era do Flu, que jogava bem, e fazia por merecer o primeiro gol. Podia ter saído aos 28, quando Deco tocou pra Conca cruzar para Rodriguinho empurrar pro gol aberto. Gol fácil e anulado. Conca estava muito impedido e deixou o grito de gol travado na garganta dos Tricolores. No lance seguinte, Deco tentou da intermediária, mas a bola passou à esquerda do gol defendido por Rafael. O gol ainda estava por vir.

O Fluzão seguiu martelando o time mineiro. O gol já estava pronto pra sair, mas ele só quis sair no último lance. Aos 46 minutos, Deco cobrou falta pela esquerda com perfeição, na cabeça de Rafael Moura, que mandou de cabeça pro gol e fazer a alegria Tricolor. Na comemoração, o retorno do He-Man. Depois de muito tempo, o camisa 10 voltou a erguer a espada e envocar os poderes de Grayskull, que iriam o ajudar mais uma vez ainda no jogo.

Da mesma forma que encerrou o primeiro tempo, o Flu voltou pro segundo pressionando o Cruzeiro. Aos 2 minutos quase que o Flu amplia com Conca, mas Rafael mostrou quem tem talento e fez uma bonita defesa, botando pra escanteio. O jovem goleiro é reserva do ídolo cruzeirense Fábio, que hoje, estava a serviço da seleção Brasileira (que empatou por 0x0 com a Holanda, com Fred começando como titular e saindo vaiado no segundo tempo).

O jogo ficou mais equilibrado no segundo tempo, e as chances pro Cruzeiro surgiram com mais intensiadade e o gol azul tinha tudo pra sair, e saiu. Depois de uma pressão celeste, o Cruzeiro empatou o jogo. Numa falha na defesa, Brandão roubou a bola e tocou para Wallyson, que rolou para Anselmo Ramon empurrar pro gol.

O gol não assustou o Flu, muito pelo contrário, só deu gás pro Tricolor voltar com tudo pro jogo. Rafael Moura tentou de cabeça e Araújo também, mas o gol, dessa vez, não seria de cabeça. Aos 26 minutos, Leandro Euzébio mandou para Valência, que deu uma belo passe para Rafael Moura invadir a área e bater no canto direito do arqueiro cruzeirense. Mais uma vez, He-Man e os poderes de Grayskull ajudaram o Flu.

A equipe mineira tratou logo de partir pro ataque e sufocar o time das Laranjeiras. Tentou, mas não conseguiu. Pro desespero celeste, quem quase vez o gol foi o Flu. Aos 37 minutos, Deco cobrou uma falta cheia de efeito e acertou o travessão do time azul.

O Cruzeiro passou a dominar o jogo e a pressionar o Flu. Deu alguns sustos, no fim, Berna quase matou a torcida Tricolor ao sair caçando borboletas e deixar a bola para Brandão, que por sorte, acertou Valencia, que se jogou para evitar o gol. No contra-ataque, já no minuto final, Souza ainda fez questão de perder um gol praticamente feito. Não fez falta, a vitória era Tricolor, que agora, tem 6 pontos e esta provisoriamente na  6ª posição. A casa esta pronta para a chegada de Abel Braga, que finalmente desembarca nas Laranjeiras no dia 08/06 e já comanda a equipe no próximo jogo, contra o Corinthians, no dia 12/06 as 16:00h no Pacaembu.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Leomir chega e reencontra velhos amigos

Era década de 80, uma época gloriosa para o Fluminense. Dentre as maiores conquistas, o Tricampeonato Carioca, de 1983 à 1985 e o título brasileiro de 1984. Entre os jogadores desse grupo vencedor, estava Leomir, meia habilidoso, que atuava também na lateral-direita e de volante.


leomir fluminense aloisio (Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)
Leomir com seu antigo amigo Aloísio, roupeiro desde
a época em que o auxiliar era jogador do clube
(Edgard Maciel de Sá/ GE.com)
Dezessete anos se passaram e Leomir voltou ao Flu, como auxiliar técnico de Abel Braga. Nessa curta passagem de um ano, conquistou o Cariocão de 2005, além do vice-campeonato na Copa do Brasil do mesmo ano. Se foram necessários longos dezessete anos para o reencontro com o clube, agora o tempo fez questão de ser mais amigável. Depois das passagens de 1982 á 1988 e em 2005, Leomir mais uma vez está nas Laranjeiras.


Com a mesma função de 6 anos atrás, Leomir chega antes de seu companheiro Abel para poder arrumar a casa até a chegada do chefe, no dia 08 desse mês. Leomir comanda a equipe contra o Cruzeiro no sábado, mas antes disso, tem muitas saudades para matar do clube.


- São muitas lembranças, mas sem dúvidas os momentos mais marcantes foram os títulos. Sempre que volto aqui me emociono. Trabalhei aqui com o Abel em 2005 e conquistamos o Carioca. É muito bom rever os amigos. Os seguranças são os mesmos da última passagem. Da década de 80 tem o roupeiro Aloísio... Reencontrar todos é bom demais. Só é uma pena que o Ximbica não esteja mais aqui. Mas, infelizmente, a vida tem dessas coisas - disse Leomir em referência ao roupeiro tricolor que veio a falecer em 2002.


Desde amigos mais antigos, como também alguns mais recentes. Leomir já trabalhou com Edinho e Gum (no Internacional), com Julio Cesar (no Flamengo), com Márcio Rosário (no Al Jazira, dos Emirados Árabes) e com Ricardo Berna (no Flu). Leomir também fez questão de conhecer cada um do elenco em um papo no centro do gramado, no início do treino.


- Foi legal para caramba. Esse clube faz parte da minha vida como pessoa e atleta. Voltar aqui está sendo muito legal. Todos me receberam bem. Já conhecia alguns por trabalhar juntos e agora é dar sequência ao trabalho do Abel, para quando ele chegar as coisas já estarem como ele gosta - explicou.


Com o auxílio de Enderson Moreira, Leomir comandou um treino que durou quase 2 horas. Entre diversos treinos táticos, Leomir trocou informações com Enderson, para conhecer melhor os jogadores do elenco. No fim do treinamento, quase ao anoitecer, ainda houve um treino de finalizações com os homens de frente do time, com participação especial do volante Diogo.