Thiago beija o escudo Tricolor, em sua apresentação diante a Torcida (Alexandre Durão/Globoesporte.com) |
- É um momento de felicidade. Depois de uma negociação complicada, deu tudo certo. Estou voltando para o clube que me fez crescer no futebol. Tenho todo o suporte para jogar meu futebol. Espero ser feliz aqui, como sempre fui.
Ao lado de Thiago Neves, não estavam apenas os dirigentes Tricolores. A esposa do meia, Marcella, que nunca escondeu ser Tricolor, estava ao lado do camisa 7, também alegre com o retorno do seu ídolo ao seu clube
- Nem preciso falar como ela e toda a minha família estão felizes. Minha filha já fala Fluminense! A Marcella acompanhou tudo, sofreu comigo durante a negociação e fez questão de vir comigo aqui. Este era o desejo dela- afirmou o atleta
Além da felicidade, Thiago compreende a responsabilidade de retornar ao clube em um ano que a Taça Libertadores é o principal foco. No entanto, o meia sonha alto e pensa em "copar" tudo que disputar
- Claro que a Libertadores é importante, mas queremos conquistar todos os campeonatos que vierem pela frente e temos elenco para isso- comentou o meia, que tem a competição engasgada desde 2008, mas afirma que esse ano o elenco está mais experiente em termos de Libertadores
- Quem passou por aqui em 2008 sabe como foi complicado. Mas acho que não só este elenco como também o clube aprendeu a disputar (a Libertadores). Temos um elenco hoje com jogadores que já venceram a competição, como o Sobis e o próprio Abel. Além deles temos o Fred, o Deco... Este elenco está mais preparado.
Questionado sobre favoritismo do Flu na competição continental, TN preferiu dividir o posto de favorito com outras equipes
- Os rivais também montaram grandes elencos. Vejo o Santos, o Internacional e o próprio Vasco como grandes concorrentes. Não dá para dizer que seremos campeões, mas, se jogarmos o que sabemos com calma e tranquilidade, temos uma grande chance de alcançar as finais.
Ao longo da conferência, Thiago deixou claro o seu respeito pelo Flamengo, mas exaltou o seu carinho pelo Fluminense. Também afirmou que não viu nada de errado em sua negociação com o Tricolor, tendo em vista que seu contrato com o rubro-negro estava encerrado desde 31 de dezembro. Além disso, comentou a respeito de sua amizade com Celso Barros e sua relação com Léo Rabello, seu empresário.
- O Celso Barros foi importante, é claro. Tenho uma amizade grande com ele, que sempre teve o interesse no meu retorno. Encontrei com ele no ano passado, e ele disse que queria o meu retorno. Mas não foi o Celso sozinho. Teve o desejo do Fluminense, que também se esforçou. Fora que esta era a minha vontade também.
- Quanto ao Léo Rabello, seguimos trabalhando juntos e amigos. Ele não negociou com o Fluminense pois tinha o compromisso com o Flamengo. Mas, assim que o vínculo acabou e o Fluminense me procurou, deixei clara a minha vontade. O respeito pelo Flamengo continua, mas prevaleceu a minha vontade por tudo que me foi apresentado.
TN ainda comentou sobre a mudança no seu número. Destaque com a 10 entre 2007 e 2009, dessa vez Thiago optou por vestir a 7, que utilizou no Al Hilal e no Flamengo
- Sei que era o desejo de muitos no clube que eu vestisse a camisa 10. Mas vou vestir a 7 e honrar a camisa de um jogador que fez história no clube e é campeão brasileiro: o Marquinho. Além de tudo, é meu amigo pessoal e eu estou feliz em substituí-lo. O Marquinho fez uma grande história aqui e eu quero o mesmo. Aproveito também para desejar sorte a ele na Itália.
Vale lembrar que a camisa 7 tem uma história muito importante no clube. Foi com ela que o grande ídolo Tricolor Romerito brilhou nos anos que vestiu a camisa do Fluminense. Com a 7, Romerito conquistou dois estaduais (1984 e 85) e o título brasileiro de 1984.
Ao sair da conferência, Thiago Neves se deparou com uma multidão Tricolor, que festejou o retorno do meia fazendo uma referência a um jogo histórico para o clube e parao camisa 7: a dança do Créu, lembrando o eterno 4x1 sobre o Flamengo, com três gols do ex-camisa 10.
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