domingo, 26 de fevereiro de 2012

Diguinho na mira do MPF por suspeita de contrabando

Emerson Diguinho Fluminense (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
Tudo começou quando Sheik jogava no Flu
(Cahê Mota/Globoesporte.com)
Em outubro, a dupla Emerson Sheik e Diguinho estava sendo investigada por envolvimento em um esquema de contrabando de carros de luxo, montado por mafiosos israelenses e bicheiros cariocas. O assunto ficou esquecido até hoje, quando o atacante e o volante foram denunciados pelo MPF por estarem mais envolvidos no esquema do que parecia. De simples compradores, a dupla agora é acusada de também revender os carros.

A Justiça Federal irá analisar a acusação, e caso confirme a denúncia, a carreira de ambos pode se complicar com o desenvolver das investigações. Caso sejam confirmados como réus, a dupla poderá não participar dos jogos internacionais de suas equipes. Ou seja, Diguinho não poderá viajar com o Fluminense para os jogos na Venezuela e Argentina, e para os demais países caso o Flu siga avançando na Copa Libertadores. O mesmo vale para Emerson, com o Corinthians. As viagens só seriam permitidas com a autorização da Justiça.

O diretor-executivo do Flu, Rodrigo Caetano, comentou sobre o caso e lamentou a notícia ter estourado logo no dia da final da Taça Guanabara


- Vamos analisar com calma essa situação da Libertadores. Não dá para falar nada agora sem tomar conhecimento do processo. O Fluminense ainda não foi informado de nada em relação a essa questão, até porque é um problema do jogador como pessoa física e não do clube diretamente. Mas é claro que estamos de olho e vamos conversar com o Diguinho para saber se o advogado dele já está cuidando da questão e dar todo o suporte necessário. Sabiamos que a situação estava rolando desde o ano passado, mas não sabiamos em que estágio estava. Agora a notícia surge logo no dia da final...


Para piorar a situação da dupla, os depoimentos deles não batem. A contradição ocorre quando Emerson afirma ter apenas informado Diguinho da compra de sua BMW por R$200 mil (quando o preço comum é R$300 mil) via mensagem de texto pelo celular. No entanto, o volante Tricolor afirmou ter encontrado com o atacante para conversar sobre o assunto. Diguinho comprou sua BMW importada pelo mesmo valor que Sheik. Caso sejam condenados, os jogadores podem pegar de quatro à doze anos de prisão.

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