Em 1933, coube ao sempre pioneiro Fluminense tomar a atitude de encabeçar a mudança no futebol. Chega de amadorismo, chegou a hora da coisa ficar séria. Alguns concordaram e ficaram aptos à profissionalização, já outros queriam continuar num futebol bagunçado sem lei. Isso acabou por dividir as ligas em profissionais e amadoras, levando alguns anos para concretizar o profissionalismo no país.
Dois anos mais tarde, no ano de 1935, o Tricolor resolveu investir pesado para voltar a erguer as Taças. Contratou nada menos do que onze jogadores que atuavam na Seleção Paulista, bicampeã no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, além de outros reforços de renome, como Brant, Russo, Hércules e Rongo, argentino artilheiro do River Plate. O esquadrão Tricolor formado para os campeonatos seguintes era um dos mais fortes do país, se não o melhor. O investimento gerou resultado no Torneio Aberto do mesmo ano, onde o Fluzão enfrentou tanto os times profissionais quanto os amadores, como o Botafogo e Vasco da Gama. Na época, ainda havia a persistência de alguns clubes de seguirem no amadorismo, e por isso, havia duas ligas no Rio de Janeiro, a profissional e a amadora.
O time campeão de 1936 |
Os reforços seguiram dando alegrias à torcida Tricolor. Nos anos entre 1936 e 1938 o Fluzão engatou uma série de três títulos cariocas consecutivos, todos tendo o Flamengo como vice-campeão. As conquistas mantiveram o Fluminense soberano no Rio de Janeiro, sendo o maior campeão com 12 títulos, contra 8 do Botafogo, 7 do Flamengo e 5 do Vasco. Vale ressaltar que no ano de 1936 ocorreu o último campeonato amador, sendo disputado por todos em nível profissional no ano de 1937.
O super-elenco montado naquela década seguiria dando frutos ao Fluminense, mas a continuação dessa história fica pro mês que vem.
O Blog Dá-lhe Nense! se desculpa pelo atraso na postagem de mais esse pedaço da história Tricolor, alguns problemas impediram a divulgação do trabalho na data marcada, 21/09.
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