Por enquanto, acabou. O sonho de conquistar a inédita Libertadores fica para a próxima oportunidade, quem sabe, ano que vem. A eliminação veio de forma cruel e injusta, mas, no mundo do futebol, não existe justiça, e não podemos reclamar, afinal, tivemos nossas chances de liquidar a partida, mas deixamos para o fim e fomos punidos da maneira que já fizemos com os outros: gol no último minuto.
O Flu fez uma boa partida, podia ter feito um gol logo no início, com Rafael Sobis, mas para a sorte do Boca Juniors, o atacante titubeou e tomou a escolha errada ao preferir o passe ao invés do chute, sendo que era mais fácil concluir ao gol. Mas não demorou muito para o gol sair. Wagner, no seu único lance no jogo inteiro, sofreu falta, no meio da rua. Thiago Carleto pegou a bola e transformou o sonho de seu pai em realidade. Cobrou forte, mas foi um desvio na barreira que foi fundamental para a bola fazer um curva incrível e matar o goleiro argentino.
O gol colocava o Flu igualado ao Boca, necessitando apenas de mais um gol para conseguir a classificação. Só dava Flu em campo, mas falhava no último toque, na hora da decisão. Ficou tudo para a etapa final, que viu uma grande mudança na postura xeneize, que antes acuado, resolveu partir pra cima e tentar o seu. A equipe argentina cresceu no jogo e manteve a partida equilibrada, mesmo sem dar um chute ao gol.
O Flu teve suas chances, com Rafael Sobis, que desviou de leve e viu a bola passar perto da trave, e e depois com Rafael Moura, que recebeu livre na área e quis fazer graça driblando o zagueiro, com isso perdendo todo o espaço que tinha para finalizar. O camisa 10 ficou fechado e concluiu travado, desperdiçando uma ótima chance Tricolor.
O tempo ia passando, a Torcida ia ficando ainda mais apreensiva, temendo uma disputa de penalidades máximas. Abel tentou dar a velocidade que faltava ao colocar Wellington Nem no lugar do sempre apático Wagner. No entanto, faltava alguém inspirado no meio de campo, e Thiago Neves estava longe disso. Os três atacantes não conseguiam render, e tudo indicava que teríamos mesmo que decidir tudo nos pênaltis.
Abel tentou sua última cartada aos 42, sacando Rafael Sobis, um bom nome para a disputa de pênaltis, e colocou Marcos Junior. Já era tarde para investir em velocidade, era tempo de apostar em experiência, mas o técnico Tricolor não pensou nisso. Não foi apenas Abel que parou de pensar, a defesa Tricolor também parou. O Boca tramou um belo contra-ataque, e chegou na área com Rivero, que bateu pro gol. Diego Cavalieri desviou e a bola foi na trave. A bola voltou, Cavalieri afastou como podia, mas não teve sorte. A bola veio para Santiago Silva, que de frente para o gol enterrou o sonho Tricolor.
Levantar a cabeça. Isso é o que resta para nós. Temos um Brasileirão inteiro pela frente, que deve ser conquistado para ano que vem voltar a Libertadores, e tenha certeza, que a cada retorno, voltamos mais fortes, para quem sabe, em breve, colocarmos nosso nome no topo da América.
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