sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Cavalieri brilha nos pênaltis e Flu volta à uma final de Taça Guanabara

Não foi nada fácil, mas enfim o Fluminense retornou à uma final de Taça Guanabara. E de quebra exorcizou o fantasma dos pênaltis, que atormentava as Laranjeiras desde 2008. Já eram quatro derrotas nas penalidades máximas, sendo a última vitória contra o Vasco, justamente o nosso rival de domingo, às 16h no Engenhão. O vencedor garante a sua vaga na final do Campeonato Carioca, onde enfrenta o vencedor da Taça Rio.

Diego Cavalieri Fluminense (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Cavalieri foi o herói do jogo, defendendo duas cobranças penais
(Dhavid Normando/Photocamera)

O jogo não parecia encaminhar para os pênaltis. Melhor em campo desde o início, o Fluminense tinha maior posse de bola e criava as melhores chances, mas não conseguia balançar a rede. Com a velocidade de Wellington Nem e a criatividade de Deco, o Flu tentava penetrar a defesa alvinegra, mas quando conseguia, finalizava para fora ou esbarrava em Jefferson, que estava em uma noite inspirada. A defesa Tricolor ia bem no jogo, tirando bem as bolas alçadas na área e realizando uma boa marcação na dupla Herrera e Abreu.

No entanto, se as defesas tiveram um bom primeiro tempo, o segundo foi o contrário. Logo no início, a zaga alvinegra mostrou nervosismo ao errar por diversos passes na saída pro jogo. O Flu não soube aproveitar as falhas, mas chegou perto bom conta própria. Numa cobrança de escanteio inteligente de Thiago Neves, que cobrou rápido e pegou a defesa do Botafogo desprevenida, Fred subiu de cabeça e mandou pra fora, mas fazendo a bola passar muito perto do gol. Minutos depois, foi a vez de Thiago cabecear, mas nesse lance quem brilhou foi Jefferson, que fez uma linda defesa. No sufoco, o Botafogo levou outro susto, quando Edinho lançou na área e a zaga saiu no tempo errado, deixando Leandro Euzébio e Fred livres, em posição legal. O zagueiro Tricolor, no entanto, cabeceou para fora.

Depois das falhas alvinegras, chegou a vez do fatal erro Tricolor. Lucas lançou para Herrera, que em posição legal, em razão da linha burra feita pela zaga do Flu, avançou livre, e ao invadir na área só rolou para Elekson  bater pro gol e abrir o placar no Engenhão, aos 28 minutos.

Desesperado, Abel sacou rapidamente Bruno e colocou Rafael Moura em campo. Com um 3-4-3, o Flu foi com tudo pra cima do time de General Severiano. Já sem Nem, que deixará o jogo minutos antes do gol alvinegro para a entrada de Araújo, o Flu não tinha a mesmo velocidade de antes, mas tinha maior poder aéreo, e assim veio o gol de empate. Em mais uma bola alçada na área, mais uma vez Leandro Euzébio surgiu livre e em boa posição, e dessa vez o zagueiro dominou, e com tranquilidade bateu no canto de Jefferson para deixar tudo igual aos 34 minutos.

O jogo definitivamente iria pros pênaltis. As duas equipes já não conseguiam mais correr atrás de outro gol, e a vaga na final seria decidida da forma que mais atormentou os dois clubes recentemente. Pelo Flu, Fred abriu a contagem, seguido pelo empate de Andrezinho. No entanto, Jean pôs tudo à perder ao bater mal e facilitar a vida do arqueiro alvinegro, que viu Herrera bater forte e virar. No terceiro round, Thiago bateu no meio, igualando o placar, que permaneceu igual com a defesa de Diego Cavalieri na cobrança de Lucas. Com 2x2 no placar, Rafael Moura desempatou pro Flu, mas Renato também converteu. Na última rodada, o zagueiro Anderson, surpresa na lista, bateu firme, no canto de Jefferson e converteu, colocando tudo nas mãos de Cavalieri. Pelo Botafogo, o capitão Loco Abreu, que dessa vez não fez loucura, mas bateu mal e viu o camisa 12 Tricolor defender mais uma e colocar o Flu na final da Taça Guanabara depois de oito anos.

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