domingo, 1 de dezembro de 2013

A fé



Torcida Fluminense choro (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Entre ver o que te assusta ou não olhar, qual a sua escolha?
(André Durão/Globoesporte.com)
Eu confesso que estava otimista à algumas rodadas atrás. Acreditava que o time não iria ser rebaixado, que iria mudar de postura na reta final e que iria superar seus adversários em casa com raça e vigor...

Não é isso que vejo. Vejo um time que me faz perder as esperanças de conseguir fugir do rebaixamento, por que não consegue se impor em casa, e passa por um momento típico de time que está prestes à cair. Tudo dá errado, poucas chances são criadas, e as que são, muitas acabam desperdiçadas, a bola bate rebate e sobra no pé do atacante adversário, o passe não chega...

Nada adiantou lotar o Maracanã de 44 mil Tricolores. A fé de cada um daqueles 44 mil Tricolores poderia ser o combustível para uma vitória heroica que poderia salvar o time do rebaixamento sem depender dos outros. Mas a fé de todos os Tricolores, presentes no Maraca ou não, não foi suficiente.

A fé dos Tricolores não foi suficiente para curar o corte de sete pontos na mão esquerda de Cavalieri, que ainda dolorida não teve forças para conter o chute de Tardelli. Mas a fé dos Tricolores foi quem ajudou o arqueiro a voar no chute de Luan e com a mesma mão esquerda salvar.

Gum gol Fluminense x Atlético-MG (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Gum conclui um lance confuso e agitado que terminou
no gol de empate (André Durão/Globoesporte.com)
A fé dos Tricolores esteve presente no gol de Gum, que conseguir fazer a bola viajar de cabeça em cabeça até chegar nos pés do zagueiro e empatar. A fé dos Tricolores encarnou em Wagner, que colocou Biro-Biro na frente de Victor e viu o atacante tocar por cima e virar no segundo tempo.


Aaah a fé... ela estava ali, funcionando. A fé de cada Tricolor ajudava a operar mais um milagre. Mas, do que adianta tanta fé, se no fim, o time não ajuda? A postura covarde do time em se acuar e tentar segurar o Atlético em seu campo foi punida, de forma dura e triste.

Você não pode deixar um time campeão da Libertadores te pressionar. Você está jogando em sua casa, cheia, você é quem tem que mandar. Mas não foi assim. Quem mandou foi o Atlético, que dominou o jogo e na persistência das bolas altas empatou com Alecsandro, já aos 37 do segundo tempo.

Mesmo com a corda no pescoço, o Flu não reagiu e teve a benção de ter a fé ao seu lado. Tardelli teve tempo ainda para carimbar o travessão num chute colocado, pouco antes do apito final que decretara o 2x2 no Maracanã.

A situação conspira contra nós. Não dependemos mais apenas de nós mesmos. São contas e combinações de resultados que podem nos salvar.

O que nos resta?


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