domingo, 8 de dezembro de 2013

É hoje

Mais de um ano se passou entre o dia que o Fluminense conquistou seu treta-campeonato brasileiro e o dia de hoje. A diferença brutal de situações parece incompatível com o curto espaço de tempo, mas uma série de fatos levam à essa surreal realidade, que nos assusta tanto e hoje promete no matar durante noventa minutos e depois disso nos ressuscitar ou nos enterrar de vez.

São noventa minutos que separam o atual campeão brasileiro de permanecer na elite ou de ser o primeiro campeão a cair no ano seguinte. O pior é que não são apenas os noventa minutos em Salvador que decidem tudo isso. Existem outras duas partidas que colocam em jogo nossa vida. Enquanto o Fluminense confronta o Bahia, o Vasco visita o Atlético-PR e o Coritiba enfrenta o São Paulo.

O post anterior explica a situação. O Flu precisa ganhar e torcer para tropeços simples (meros empates bastam) de Vasco e Coritiba nos outros jogos. É possível, mas é bem difícil. São 27 combinações de resultados possíveis, e apenas quatro nos interessam. Ou seja, aproximadamente 15% de chances de ficar (contas feitas por mim mesmo, como o adeus da matemática da minha vida).

Mas a matemática não calcula uma coisa: a fé.

A fé que tanto citei uma semana atrás é o fator fundamental hoje. Precisamos de fé, precisamos sim de um milagre. Precisamos ver um time que não tem qualidade nenhuma vencer fora de casa e torcer para seus rivais falharem, sendo o Coritiba enfrentando o já desinteressado São Paulo. Meu Deus, será possível?

Não sei, não posso prever o futuro. Mas posso acreditar, posso acreditar em cada segundo de jogo que vamos conseguir. Vou acreditar até o juiz apitar e decretar o fim do jogo. O nome disso é fé, é esperança, é torcida, é futebol.

Temos lá em cima João de Deus cuidando de nós. Cuidando de uma torcida que está acostumada a esperar até o último minuto, as vezes consegue, as vezes não, mas que não desiste em nenhum momento. Já tivemos muitos momentos de alegrias, muitos de tristeza, e hoje ninguém sabe o que será no fim, mas sei que estaremos com nossa bandeira na mão, nossa camisa no corpo e algumas palavras em mente: são tantos anos juntos na vitória ou na derrota e a certeza é que eu nunca vou te abandonar.

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