sábado, 7 de dezembro de 2013

Leitura recomendada: Dívida com a série B? Acho que não

O site Globoesporte.com publicou hoje uma matéria realmente muito boa, à qual recomendo que todos leiam, inclusive aqueles que não torcem para o Fluminense, pois se trata da velha piadinha "pague a série B". Essa dívida realmente existe? Acho que não.

"São apenas três palavras e uma letra. Mas quando são reunidas na mesma frase, elas dão origem a uma expressão que vem mexendo com os torcedores brasileiros nos últimos meses - sejam eles tricolores ou não. Nos comentários das matérias publicadas sobre o clube das Laranjeiras, elas estão sempre lá. A cada rodada do Campeonato Brasileiro, a cada tropeço do Fluminense, a cobrança dos rivais aumenta. A defesa dos tricolores também. A verdade é que a frase "Pague a Série B" ganhou ainda mais fama recentemente. E deu origem a uma série de questionamentos.

A expressão remete ao tempo em que o futebol brasileiro permitia as chamadas viradas de mesa. No fim dos anos 90, o Fluminense foi rebaixado três vezes seguidas. Em 1996, caiu para a Série B. Depois de um escândalo de manipulação de resultados envolvendo Atlético-PR e Corinthians, o rebaixamento daquela edição do Campeonato Brasileiro foi cancelado. Em 1997, o Flu caiu novamente. Disputou a Série B no ano seguinte e amargou a queda para a Série C. Em 1999, sob o comando de Carlos Alberto Parreira, o Tricolor ganhou a Terceira Divisão. Mas, graças a uma nova polêmica envolvendo outros clubes, acabou pulando direto para a elite do futebol brasileiro, o que até hoje incomoda os seus rivais e virou motivo de brincadeiras.
Para o advogado tricolor Mário Bittencourt, no entanto, o Fluminense não deve nada ao futebol brasileiro. Segundo ele, o clube foi beneficiado por "algumas mudanças originadas em problemas alheios à sua vontade". Mas ele não deixou de lamentar o que classifica como um ato negativo que acabou marcando a situação: o fato de o então presidente Álvaro Barcellos ter aberto um champanhe para comemorar a permanência na Série A em 1997.
- A rigor, é uma grande mentira que os adversários repetem tentando transformar em verdade. Fato é que o Fluminense não esteve envolvido em nenhuma virada de mesa. O Fluminense, como vários outros clubes no Brasil, acabou sendo beneficiado por algumas mudanças originadas em problemas alheios à sua vontade. Frise-se, em uma época onde as mudanças ocorriam com frequência. Basta analisar caso a caso, ler a história real e ver que não há, em nenhuma delas, qualquer envolvimento do Fluminense, seja de fato ou de direito. Talvez, por terem sido os últimos episódios deste tipo no nosso futebol, e, pelo fato do Fluminense ter vivido naquela época os seus “anos de chumbo”,  essa vinculação tenha sido feita de forma maliciosa, até mesmo para ofuscar episódios anteriores envolvendo outras equipes. Só que do ponto de vista do fato e técnico - e digo isso como torcedor e advogado - não existiu qualquer participação direta ou indireta do Fluminense nestas mudanças que todos chamam de “virada de mesa”. Aliás, a marca que existe certamente está relacionada à inconsequência de um ex-presidente do clube, que, de forma lamentável, comemorou o nosso retorno em 97 em frente às câmeras - frisou."

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