Fred definirá seu futuro durante essa semana (Janir Júnior/Globoesporte.com) |
- Gostaria de expressar tudo que está acontecendo comigo e com minha família. Trouxe anotado tudo aqui para explicar. Logo depois da goleada de 4 a 0 sobre o Ceará (último domingo), voltando para casa com meu primo e minha família, fui enquadrado por quatro membros de torcida na porta da minha casa. Estava com minha filha (Giovana, de cinco anos), minhas duas irmãs. Conversei, eles disseram que eu estaria de brincadeira com o clube e que se pegasse alguém na noite ia dar porrada. Foi muito ruim, me senti ameaçado. Minha filha veio para o meu colo
Após o ocorrido, o atacante resolveu procurar informações sobre os elementos que estavam em frente a sua casa, e teve uma surpresa ao ver a ficha deles
- Foi puxada a ficha de dois membros, eles tinham na ficha homicídio, formação de quadrilha. Se for para perder o direito de ir e vir fica impossível. Não poder ir a um bar, beber minha cerveja, vinho, teatro. Aí fica difícil. Passei isso para a diretoria. Preciso de segurança para viver tranquilo no Rio. Nunca faltei a treino, dediquei minha vida ao clube. Não quero andar com filha, namorada, com três seguranças atrás. Se esses marginais falarem alguma coisa, e acontecer alguma coisa, o responsável sou eu. Não posso esperar acontecer uma coisa muito mais grave para a gente acordar. Não vou admitir isso comigo.
Aí Fred contou o que veio a ocorrer na madrugada de quarta, uma história um pouco diferente do que havia sido contada antes
- Passou o domingo depois do jogo com o Ceará. Na terça-feira, fui a um restaurante a 100 metros da minha casa. À 1h15, tinha um cara que estava no domingo na porta da minha casa, ele estava no telefone, fiquei preocupado. Quando entrei no carro começaram a seguir, e iniciou a perseguição. Nem fui para minha casa, corri, e fui para a casa do Rafael Moura. Como cidadão tive que prestar queixa. Fiquei muito mal, principalmente porque envolvia minha família. No momento que não tiver segurança e tranquilidade para trabalhar, eu não vou querer ficar. Foi isso que passei para diretoria. Estamos resolvendo, pois assim não quero mais ficar no Rio. Hoje, minha ideia é sair.
Apesar de pensar em deixar o Fluminense, Fred afirmou que rejeita a ideia de ir para outro clube do Brasil
- A chance de eu sair para outro clube brasileiro é zero. Sair pro Palmeiras, Cruzeiro, falaram até Flamengo... Eu seria traidor se fizesse isso. Se acontecer, não será para um clube do Brasil. Vou definir rápido, não tem como um jogador como eu só ficar treinando.
Perguntado se poderia haver um encontro entre o grupo de torcedores novamente para conversarei (ideia proposta por Sandro Lima, vice de futebol do Flu), Fred chutou pra longe essa possibilidade
- Não vou conversar. Não são torcedores, são marginais, não tem o que fazer. Sou pai de família, trabalho, não sou marginal.
O futuro de Fred no Fluminense será definido nessa semana, quando o camisa 9 vai se reunir com a diretoria para acertar tudo. Agora é esperar pra ver.
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