sábado, 25 de junho de 2011

Há 16 anos ocorreu o maior Fla-Flu da história

Enquanto Renato corre para comemorar seu feito,
os flamenguistas desabam
Como diz na descrição do blog, sou Tricolor desde 1995, ano do mais mágico título carioca. Aquela vitória contra o Flamengo fazi os Tricolores se arrepiarem até hoje. E justamente no dia de hoje, 25 de junho, comemoramos 16 anos desse título. Então por que não voltarmos no tempo? Vamos viajar para 16 anos atrás, e lembrar daquela conquista histórica.

Era o centenário rubro-negro. A festa deles era comandada por Romário, Sávio, Edmundo e Branco. O Maracanã, lotado, era por maioria vermelho e preto. A maioria já festejava antes mesmo da bola rolar, afinal, o favoritismo era totalmente do Flamengo. Bastava um empate e a taça ia pra Gávea. 


Mas o Maracanã também estava pintado de verde, branco e grená. Mesmo sem ser a maioria, a torcida Pó-de-Arroz marcava presença e acreditava no seu time, que não contava com craques, mas tinha no ataque Renato Gaúcho.


Todo Fla-Flu já traz por si próprio um clima especial. Mas aquele era diferente. Era mágico. De um lado, o Tricolor querendo por fim aos 10 anos sem títulos relevantes, o Rubro-Negro querendo erguer a taça em seu Centenário. Era e iria ficar ainda mais especial.


Assim que rolou a bola, a euforia vermelha e preta foi água abaixo. O Fluminense passeou em campo, o Flamengo não via a cor da bola. Aos 30 minutos, Renato, mesmo sob forte marcação da defesa Rubro-Negra, consegue invadir a área e bater de esquerda para abir o placar pro Flu. A pressão continuou e aos 42 Leonardo aproveitou a sobra da defesa para fazer Flu 2x0. Estava fácil de mais para ser verdade, pensavam os Tricolores. E realmente ainda tinha mais para acontecer.


O segundo tempo foi totalmente diferente, o Flamengo foi pra cima. Branco acertou uma cobrança de falta do meio da rua no travessão, chamando a torcida Rubro-Negra para o jogo. O título que parecia encaminhado para as Laranjeiras começa a voltar para o Maracanã quando a defesa Tricolor bate cabeça e Romário diminui: 2x1. Na comemoração, confusão entre os Tricolores e Rubro-Negros. Sávio, ao tentar pegar a bola para recomeçar rapidamente o jogo, leva uma rasteira do zagueiro Tricolor Sorlei. O juiz expulsa o zagueiro e deixa o Flu com dez em campo. Na confusão, Marquinhos do Flamengo também é expulso, dando ainda mais gás pro jogo.


A pressão aumenta para cima do Flu, que vê o pior acontecer. Fabinho, aos 32 da etapa final, dá um belo corte, tirando os três marcadores Tricolores da jogada, e em seguida, batendo colocado no canto do goleiro Wellerson e empatando a peleja.


O 2x2 no placar levava o título para a Gávea. Para piorar, Lira, após carrinho violento no jogador Rubro-Negro, é expulso. Eram 9 contra 10 em campo. Se não fosse Fla-Flu poderíamos dizer que já estava decidido. Mas para a infelicidade dos flamenguistas, era Fla-Flu.


Enquanto os Rubro-Negros já festejavam a conquista, os Tricolores aguardavam o improvável. Eram corridos 42 minutos do último tempo do Campeonato Carioca de 1995. Ronald lança Aílton pela direita. O meia recebe, invade a área, e dá um, dois dribles para cima do beque Rubro-Negro. Olha para o interior da área e chuta (ou cruza). Os segundos viraram minutos. A bola rasga a área, devagar, como quem esperasse que alguém a desviasse para o gol. E ela encontrou uma barriga. Era a barriga de Renato. A barriga encobrida pela armadura de número 7 obedeceu a bola. Num rápido desvio, a barriga manda a bola para o gol. Lágrimas viraram risos, risos viraram lágrimas. Era o gol. Gol de Renato, gol do Fluminense. Era o gol do título. 


Não foi um golaço, não foi daquelas obras-de-arte que grandes gênios do futebol já fizeram no passado. Foi muito mais do que isso. Foi um gol mágico. 


Dali até o fim foi só aguardar com o coração na mão. Mas não havia mais tempo para o inesperado, ele já ocorrerá, e foi com as cores do eterno Fluminense. A Torcida Tricolor festejava a Taça. Não Romário, não é você o Rei do Rio. Nem Renato, apesar do feito magnífico. A coroa cabe ao Campeão. A coroa é do Fluminense, o eterno Rei do Rio.


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